23/09/2013 - Na loja virtual “Paixão e Prazer”, as bonecas infláveis custam a partir de R$ 350,00, e podem chegar a R$ 1 mil. A diferença dos valores vai depender do material. As mais baratas são feitas em vinil, enquanto a mais cara é toda revestida em cyber material, que parece pele humana.
É a tecnologia no mercado erótico que parece andar no mesmo ritmo dos brinquedos infantis made in China. Em Campo Grande, o acesso também é bem mais fácil hoje do que há 10 anos, quando o lugar mais perto para comprar esse tipo de material eram as lojinhas de Pedro Juan Caballero.
Mas a procura do produto, segundo a vendedora Greice Amaral, de 30 anos, é rara. Por isso não há bonecas a pronta entrega, somente vendas por pedidos. O produto tem o prazo de até 7 dias úteis para a entrega.
Para quem não quer gastar tanto, mas quer experimentar uma sensação mais real, há também bonecas que são revestidas com material especial somente nas partes de penetração e custam R$ 450,00 em média. Há até bonecas “travestis” para quem fantasia alto.
Por serem caras, a saída maior nos sex shop são de muitos outros tipos de brinquedinhos, que começam em R$ 47,00. Mas não é só o preço que afugenta os compradores. Como são em tamanho natural, não é qualquer gaveta que comporta o presentinho, mesmo depois de desinflada.
Outra resistência é pela aparência da dita cuja. “Muita gente não acha o visual da boneca interessante. E com outros produtos, a pessoa trabalha a imaginação”, explica Greice.
Nas lojas “Afrodite”, na semana passada apenas uma foi vendida. A boneca custa R$ 320,00, em material “cyber skin”. Jaqueline, uma das vendedoras, comenta que a maioria dos clientes que busca esses artigos, chega com o discurso pronto: “É para fazer uma brincadeira”.
Na boutique erótica “Labareda”, existe boneca inflável à venda até em posição do Kama Sutra, a partir de R$ 450,00, em látex. Para os mais animados, apesar de não ser politicamente correto, tem também bicho inflável, como uma porquinha, que custa R$ 125,00.
Segundo a gerente Karina Brum, a boneca convencional tem boa saída na loja, inclusive falta no estoque.
Especialista na consultoria sexual, ela diz que hoje os clientes são honestos na hora da comprar, porque estão em busca de conforto e qualidade. Por isso, até pedem as especificações e dicas sobre a mercadoria. “Vim ver o boneco inflável, quero para mim”, lembra ela, sobre a sinceridade de alguns compradores.
Mas a brincadeira com um objeto que nunca deixa de ser tabu ainda é o que ocorre com maior frequencia. "Até já levei um boneco em restaurante para um cliente brincar com o amigo”, conta.
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